quinta-feira, 19 de outubro de 2006

I. V. G.

Ignorância Voluntária Geral

I. V. G., interrupção voluntária da gravidez, volta a ser o alvo das discussões do parlamento e a troca de galhardetes entre os defensores do sim ou do não.
Este assunto para além de muito sério é também um assunto de alguma importância para a vida futura do nosso país. Por ordem de ideias vou basear este desabafo no Fórum TSF de dia 19 de manha, onde ouvi alguns testemunhos dos dois lados das barreiras e fazendo algum futurismo vamos ver na noite do referendo o povão a festejar como se de um jogo de futebol se tratasse. Isto demonstra uma total ignorância sobre o assunto e uma total subserviência ao poder da Igreja.
Esta lei meus amigos, não obriga nenhuma mulher a fazer abortos como se não houvesse amanha, vai sim, liberalizar e fazer com que as mulheres que assim o desejem o façam em condições de higiene e médicas e que não venham a ocupar uma cama que por todos nós é paga num determinado hospital da rede nacional de saúde. São vários os dividendos tirados dos abortos clandestinos, a morte, a impossibilidade de voltar a ter filhos e também o drama e o horror de viver uma vida por o ter feito. Não acredito que uma mulher faça um aborto de ânimo leve, não há ninguém neste mundo a decidir por essa mulher e isto leva-me a outro assunto que é o referendo.
Este assunto diz somente respeito às mulheres, aos homens também mas indirectamente, mas só as mulheres cabe a decisão de o fazer ou não, as razões para o fazer são as mais variadas desde mal formações do feto, razões monetárias ou a tenra idade de algumas mães. Será uma coisa que apenas diz respeito a uma parte da população ser decidida por toda a população?
Deixo a pergunta pois amanha há mais.

Saudações corrosivas

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